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Primeiro jogador formado na Ponte Preta a defender a seleção Brasileira, Sabará completaria 94 anos de vida neste 18 de junho

Onofre Anacleto Souza, ou simplesmente Sabará. Ponta direita de extrema qualidade, marcou época na Ponte Preta no fim da década de 40. Nascido em 18 de junho de 1931, completaria 94 anos, ele está eternamente gravado na história da Macaca.

Sabará, apelido pejorativo que remetia a uma jabuticaba preta, não driblou apenas o preconceito como diversos zagueiros ao fazer parte do primeiro esquadrão no Majestoso, no fim da década de 40 e início dos anos 50, atuando ao lado de nomes históricos como o goleiro Ciasca, o zagueiro Stalingrado e o atacante Atis Monteiro.


Sabará (último agachando à direita) fez história na Ponte Preta

Nascido em Atibaia, há 63 km de Campinas, Sabará trabalhava na empresa “Laloni & Bastos”, quando foi dispensado por promover “batucadas” na hora do almoço, segundo uma reportagem do “Mundo Esportivo” de 1953. Vindo para Campinas, se situou em Sousas, onde foi observado por olheiros da Ponte Preta, onde depois veio a escrever história.

Sabará foi criado e formado em 1948 na Ponte Preta, mas a sua estreia no time profissional só se sucedeu no ano seguinte e quis o destino que fosse no dia 11 de agosto, data que também se comemora o aniversário da Alvinegra.

Com dribles desconcertantes somados a sua técnica e velocidade. Sabará dividia as atenções com outro grande nome da Ponte Preta: o atacante Damião. Com a concorrência grande, ganhou a titulares logo após a saída do centroavante e quando o então técnico Zezé Procópio o improvisou pelos lados do campo.

Seu futebol chamou a atenção de diversos clubes brasileiros e foi negociado com o Vasco da Gama-RJ em troca de seis jogadores – dentre eles Jansen, que marcou época na Ponte Preta – e mais alguma quantia relevante em dinheiro.

Além disso, foi o primeiro jogador criado no Majestoso a defender as cores da seleção brasileira, quando foi convocado em 1956. Ao todo, o atacante permaneceu na Alvinegra nos anos de 1949 até 1951, onde marcou 58 gols em 116 jogos. Ele tem seis gols em dérbi, entre eles o marcante Dérbi 73, onde a Ponte levou a melhor sobre o rival por 4 a 0. A partida fazia parte de um triangular, que também tinha o time do Bangu-RJ. A Macaca se sagrou campeã do torneio.

Outro fato marcante de Sabará na história Alvinegra, o atacante esteve presente no primeiro amistoso internacional, contra o Estudiantes de La Plata-ARG. A Macaca venceu por 2 a 0, no Majestoso. O duelo festivo tinha como caráter especial arrecadar fundos para a conclusão das obras do Moisés Lucarelli.

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