Na galeria de grandes ídolos da história centenária da Ponte Preta, o centroavante Francisco Carlos Martins Vidal, o Chicão, estreava no time profissional no dia 19 de julho de 1979, contra o Marília. Subindo ao time principal através do técnico Zé Duarte.
Revelado nas categorias de base, Chicão permaneceu na Macaca de 1977 a 1986, onde se tornou bi-campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior nos anos de 1981 e 82, sendo o artilheiro nas duas edições. Na primeira, com cinco, ao lado de Casagrande, e na segunda artilheiro isolado, com oito e sendo eleito o melhor jogador da competição.
Além disso, fez parte de times históricos e formou uma das maiores duplas de ataque da Ponte, junto com Mauro, na década de 80. Chicão também foi vice-artilheiro do Paulista de 1983, com 21 gols.
Na Alvinegra tem seu nome gravado, como o terceiro maior artilheiro, com 105 gols, em 271 jogos. Chicão está atrás somente do atacante Paulinho, com 140, e do Mestre Dicá, com 155 tentos.
Suas grandes exibições e seu faro de gol chamaram a atenção da Seleção Olímpica, onde conquistou a medalha de prata nos jogos de Los Angeles (EUA), no ano de 1984. Seleção essa comanadada pelo nosso também ídolo Jair Picerni, que também tinha o goleiro Luis Henrique (Pinóquio) e o volante Régis. Foi a primeira conquista olímpica do futebol brasileiro.

Chicão (último da direita) e Zé Duarte
Chicão também desfilou seu futebol em outros times do cenário brasileiro, como Botafogo-SP, Botafogo-RJ, Bragantino, Coritiba, Portuguesa, Remo, Santa Cruz e Santos. Pelo time carioca, chegou a ser vice-campeão brasileiro e vice-artilheiro em 1992, com 12 gols.
Gigante nos gramados do Moisés Lucarelli, Chicão também é um goleador quando se trata da vida. Ele superou dois derrames, onde chegou a ser desenganado pelos médicos, porém marcou mais um golaço. Atualmente, Chicão comanda ao lado do seu filho um projeto social na cidade de Campinas, os “Pratas de Campinas”, na comunidade do Cafezinho.