Times competitivos
Não é raro ver a Ponte Preta chegando nas fases decisivas do Campeonato Paulista e, inclusive, eliminando os chamados grandes. Foi assim quando deixou o Santos para trás com uma vitória de virada e, 2020. Em 2017, a Macaca já havia eliminado o Peixe nas quartas e o Palmeiras na semi, com direito a uma vitória épica por 3 a 0 sobre o Alviverde, no Moisés Lucarelli. Ainda nesta década, a Ponte bateu o Corinthians nas quartas de final de 2012. Em 2013, superou o São Paulo na reta final da Copa Sul-Americana. Isso, para ficarmos apenas nos embates mais recentes. No ano passado, a Macaca foi campeã da Série A2 e levantou a taça depois de 43 anos.
Força e tradição do Interior
A Ponte Preta figura entre a primeira e a segunda divisão do futebol nacional desde 1991, com 14 participações na Série A. Diferentemente de rivais próximos, a Macaca nunca esteva jogando a Série C. Já em São Paulo, a Macaca marcou presença seguida na elite entre 2000 e 2022 e retornou e 2024, depois de um breve hiato. Neste período, foi vice campeã em 2008 e 2017 e nunca caiu para a A-3 em toda sua história.
Base reveladora
A Ponte Preta segue como clube do interior que mais cedeu jogadores para a Seleção Brasileira em Copas do Mundo. Ao todo, são mais de 60 atletas cedidos em algum período para times de base e também para a equipe principal. O primeiro foi Sabará, na década de 1950, e o mais recente foi Felipe Amaral, em 2023. Entre tantos outros, tivemos Carlos, Oscar, Polozzi, Juninho Fonseca, André Cruz, Edson Boaro, Luís Fabiano, Washington, Mineiro, Emerson Royal (foto) etc.
Final continental
Entrou para a história do futebol brasileiro com a decisão da Copa Sul-Americana de 2013. Depois de uma campanha surpreendente com direito a eliminações em cima de Vélez Sarsfield (quartas) e São Paulo (semifinal), a Macaca ficou com o vice diante do Lanús, enchendo a torcida alvinegra de orgulho mesmo com a derrota.
Inclusão e respeito
A Associação Atlética Ponte Preta também se orgulha de ser a primeira democracia racial no futebol brasileiro. A equipe foi pioneira em ter cidadãos afrodescendentes em seus quadros, sem nenhum tipo de preconceito, desde a fundação do time. O clube, inclusive, já requisitou junto à Fifa o reconhecimento internacional por ter sido o primeiro time de futebol do mundo a aplicar o conceito de democracia racial.
Fotos: Acervo PontePress